ESTUDANTES SÃO PREMIADOS NA III OLÍMPIADA BRASILEIRA DO OCEANO
Três estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio do campus São José
dos Campos do IFSP foram premiados na III Olimpíada Brasileira do Oceano, que compõe,
junto com a I Olimpíada Internacional do Oceano, a atual edição da Olimpíada do Oceano (O2),
um projeto educacional para a promoção da cultura oceânica, que busca compreender não só
o papel dos oceanos em nossas vidas, mas também o papel da influência de nossas ações
neles. Vivendo perto ou longe do mar, seus participantes dão exemplo de engajamento,
conhecimento e produções de qualidade sobre a cultura oceânica.
Miguel da Silva Santos (1º ano) e Maria Eduarda de Souza Oliveira (2º ano), da
Automação Industrial, conquistaram medalha de ouro na Prova 4 (para estudantes de 1º ou 2º
ano do Ensino Médio), enquanto Gabriel Henrique Gonçalves Justino, da Mecânica, conquistou
medalha de bronze na Prova 5 (para estudantes de 3º ano do Ensino Médio), em aplicações
on-line que ocorreram entre os dias 14 e 16 de setembro. Suas conquistas podem ser
conferidas no site da olimpíada, mas os premiados não receberão medalhas físicas — somente certificados
digitais —, pelo compromisso da competição com a sustentabilidade.
O IFSP/SJC participa da O2 desde a sua primeira edição, que ocorreu em 2021. De 3 mil inscritos, a competição atingiu 11 mil no ano seguinte e, por seu grande sucesso, foi expandida para o mundo em 2023.
Agora, divide-se entre a Olimpíada Brasileira do Oceano (etapa nacional) e a Olimpíada
Internacional do Oceano (etapa internacional), para a qual classificam-se os medalhistas de
ouro e de prata da fase nacional. Assim, Miguel e Maria Eduarda encontram-se classificados
para a fase internacional da competição, que acontecerá em maio de 2024.
A O2 tem sua estrutura baseada em três modalidades: prova de conhecimento, projeto
socioambiental e produção artística/cultural/tecnológica. O IFSP/SJC costuma participar
apenas da primeira, que traz questões objetivas de disciplinas tradicionais (como matemática,
ciências, história e português), mas com o tema “oceano”. Além disso, trata de quatro temas
transversais, que oportunizam a discussão de assuntos contemporâneos e a sua integração
com a cultura oceânica. São eles:
• Mulheres na ciência: promove mulheres para carreiras de educação, ciência,
tecnologia e inovação e fomenta a equidade de gênero, na busca por uma sociedade
mais justa, diversa, inclusiva e respeitosa.
• Mudança climática: aprofunda a discussão sobre mudanças climáticas, considerando
o terceiro princípio essencial da cultura oceânica (“o oceano exerce uma influência
importante no clima”).
• Ciências básicas para o desenvolvimento sustentável: reforça a relevância das
ciências básicas para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
da Organização das Nações Unidas (ONU).
• Regiões polares: discute a importância das regiões polares e a sua relação com o
oceano, uma vez que estão sendo rapidamente afetadas pelas mudanças climáticas, o
que influencia em todo o resto do mundo.
Ao estimular o desenvolvimento e ampliar o compartilhamento e a visibilidade de ações
que envolvem educação, ciência e cidadania em todas as realidades sociais e geográficas, a
O2 torna-se uma grande oportunidade de aprendizado colaborativo e de transformação positiva
pelo desenvolvimento sustentável. Toda essa iniciativa alinha-se à Década da Ciência
Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030) e às ações para se atingir as
metas dos ODS da Agenda 2030, da ONU. Realizada pelo Programa Maré de Ciência da
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações (MCTI) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), a O2 ainda conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e com a colaboração do Projeto Eu Oceano e da All-Atlantic Blue Schools Network, além da Comissão Interministerial para os Recursos do
Mar.
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